Embora se saiba que esta arte era já conhecida de antigas civilizações como a Grécia e Roma e que os chineses e indianos já a praticavam, não se conhece a sua exacta origem. Em Portugal, foram encontrados vestígios arqueológicos que provam a existência de filigrana no nosso país na época castreja, encontrando-se algumas peças no Museu D. Diogo de Sousa, em Braga.
Atualmente a produção da filigrana continua a estar localizada no Norte de Portugal, indentificando-se como principais centros o concelho de Gondomar no distrito do Porto e o concelho de Póvoa de Lanhoso pertencente ao distrito de Braga.
A Filigrana é feita enrolando dois finíssimos fios entre si, usando-se na maioria dos casos o ouro ou prata como matéria prima.
Inicialmente faz-se o esqueleto da jóia usando para isso lâminas com a espessura adequada a cada peça em particular. Faz-se então o contorno e as ramificações internas que serão preenchidas depois com o “rendilhado” da filigrana. Este enchimento posterior é feito com peças individuais de fios extremamente finos, já entrelaçados e trabalhados com formas circulares, espirais ou S’s. Com a ajuda de uma pinça, as peças são ajustadas no interior do esqueleto, podendo ainda ser combinadas com pequenas bolas de ouro para formar o desenho pretendido.
Seguem-se ainda outras fases que passam pela soldagem e terminam com a brunição.