Os bilros vão passando rapidamente de mão para mão, uns por baixo,outros por cima, agora trabalhando uns logo a seguir os outros… Para quem observa é um mistério! O resultado, deslumbrante!
Sentadas em frente a uma almofada onde se coloca um cartão perfurado com o desenho da renda, as rendilheiras vão espetando os alfinetes onde vão prendendo os fios enrolados nos bilros. Estes são manobrados aos pares com um movimento rotativo que vai permitindo que o fio se solte e dê forma à renda. Quanto mais complexo o desenho, maior é o número de bilros.
Sendo uma arte típica do litoral, onde coexistem com as redes dos marinheiros, podemos encontrar rendas de bilros de norte a sul. O principais centros são no entanto Peniche e Vila do Conde, onde esta arte remonta a tempos longínquos mas incertos.