O Mosteiro da Batalha, também conhecido como Mosteiro de Santa Maria Da Vitória, é o mais importante exemplo do Gótico no nosso país. Foi mandado construir por volta de 1386 por D. João I como agradecimento à Virgem Maria pela vitória sobre Castela na Batalha de Aljubarrota. A tutela do Mosteiro e mais tarde a sua propriedade, foi então atribuída à Ordem de São Domingos, ordem mendicante caracterizada pela dedicação ao estudo e pela renúncia à posse de bens temporais.
No interior, na Capela do Fundador, estão os túmulos da família real, D. João I, D. Filipa de Lencastre e seus filhos.
Os vitrais mostram várias cenas bíblicas, entre as quais a Ressurreição de Cristo e a Visitação de Nossa Senhora.
No exterior vêem-se as gargulas, típicas da arquitetura gótica. Muitos crêem que estas figuras monstruosas seriam um alerta para o demónio que estaria em todo o lado, inclusive nos locais sagrados.
Mais de seis séculos passaram desde a sua construção com diferentes episódios que acarretaram destruição e perdas várias. O Terramoto de 1755 destruiu partes do Mosteiro que nunca chegaram a ser reconstruidas. Com as invasões francesas, o Claustro de D. João III ficou completamente destruído e posterior extinção das Ordens religiosas só veio agravar a situação. O Mosteiro ficou praticamente ao abandono até 1840, altura em que se deu lugar ao restauro dos Monumentos Nacionais.
Influenciado pela corrente romântica da altura, a restauração valoriza o estilo gótico.
Em 1907, o Mosteiro é considerado Património Nacional e em 1983 integra o rol de monumentos classificados como Património Mundial da UNESCO.
