É pura sedução. Aprende-se a palavra saudade.
Diz quem a visita pela primeira vez que é impossível não pensar no regresso.
Cosmopolita, acolhe os visitantes de braços abertos revelando a cultura de tolerância que lhe corre nas veias. A herança de outras eras em que foi ponto de partida e chegada de caravelas com sonhos de novos mundos, repete-se hoje com o seu porto repleto de navios de cruzeiro. Do outro lado da cidade, o aeroporto da Portela assegura uma excelente acessibilidade e constitui a principal porta de entrada de turistas em Portugal…
As tão aclamadas sete colinas revelam uma diversidade imensa de ambientes que só se sentem quando largamos tudo e partimos a pé, à descoberta da cidade. A manhã é rainha nesta cidade. O nascer do dia é um momento a não perder. O sol, ajudado pelo Tejo, levanta-se e faz questão de iluminar o casario com tonalidades únicas.
O murmúrio matutino nos bairros tradicionais convida-nos a olhar sem pressas, a ouvir e responder ao calor dos sorrisos de quem aí habita. Nos inúmeros miradouros podemos parar e deleitar-nos com a vista, tomar uma bebida ou simplesmente descansar.
Em Lisboa há cidades dentro da cidade, que só se tornam visíveis quando nos despimos da pressa e vagueamos por entre becos e escadarias.
Mas pode também apanhar um eléctrico, um transporte tradicional que lhe vai proporcionar um passeio inesquecível…
No Largo de Camões deixe-se encantar… com a praça, os edifícios em redor, o quiosque, a gente que passa e que fica…
Siga agora para o Chiado que é visita obrigatória. Aqui encontra um ambiente único onde o tradicional se funde com o vanguardista…
Circule pelas ruas em redor, visite as Igrejas, sente-se na esplanada da Brasileira, aperte a mão ao Pessoa e perca-se…Deixe-se ir com o pulsar frenético deste bairro ímpar.
Vá ao Carmo e visite as Ruína do Carmo. O Convento do Carmo foi construído em 1389 na sequência da vitória da Batalha de Aljubarrota.
A instabilidade dos terrenos causou enormes dificuldades à sua construção, exigindo novas e sofisticadas técnicas. Apenas em 1423 o templo foi sagrado, tendo sido considerado o maior monumento gótico da cidade.
A majestosa igreja, com 70 metros de comprimentos acabaria por ruir na sequência do terramoto e incêndio em 1755.
No reinado de D. Maria I, uma das primeiras intervenções neogóticas recuperou parcialmente a Igreja, que actualmente acolhe o Museu Arqueológico do Carmo.
Dos elementos originais são ainda visíveis a cabeceira e os portais meridional e ocidental.
Da área exposta a céu aberto, dir-se-ía que a abóbada que cobriu em tempos as naves do templo foi substituída por um manto que vai de azul celeste a um negro estrelado. É um cenário idílico…
Na lateral das ruínas o acesso ao elevador de Santa Justa faz-se por um passadiço de onde se desfruta de uma espectacular vista sobre o Rossio, a Rua do Carmo e ainda a encosta do Castelo de São Jorge. É visita obrigatória.
Volte à Rua Garret, desça lentamente até ao Rossio e explore toda a Baixa Pombalina.
Reconstruída por ordem do Marquês de Pombal após o Terramoto de 1755, a Baixa obedece a um traçado em grelha e é um dos primeiros exemplos de construção anti-sísmica.
Especialmente vocacionada para o comércio, acolhe uma enorme variedade de lojas e restaurantes.
Vá pela Rua Augusta e dirija-se ao Arco que lhe vai abrir as portas à Praça do Comércio e ao rio Tejo…
O Tejo das antigas Caravelas agora vestidas de contemporaneidade, ora veleiros ora navios de cruzeiro…
O Tejo, atravessado por duas magníficas pontes: a ponte 25 de Abril e a Vasco da Gama.