Sintra é um cenário idílico, o palco perfeito para as histórias de reis e rainhas que ouvíamos em crianças. Por entre um verde luxuriante que veste a serra do sopé até ao topo, surgem castelos e palácios envoltos em nevoeiro. É assim o amanhecer em Sintra!
Dos tempos em que foi o retiro preferido das famílias reais portuguesas, ficaram as marcas que ainda hoje a identificam – as chaminés cónicas do Palácio Nacional de Sintra e as Torres amarelas e vermelhas do Palácio da Pena, no alto da Serra.
A Natureza revela aqui a sua máxima magnificência, e a sua aliança com testemunhos de séculos de história valeu-lhe a classificação de Património Mundial na categoria “Paisagem Cultural”.
A serra, composta por formações graníticas, revela uma floresta esplendorosa que muito se deve ao cuidado de D. Fernando II, que no séc. XIX mandou plantar milhares de árvores das mais variadas espécies e origens. Não admira que aí encontremos Palácios, Conventos e obviamente o Castelo que vigia toda a zona circundante.
O núcleo urbano é composto por encantadora vila que é preciso percorrer a pé. No Centro Histórico, na zona de maior declive, situa-se a Vila Velha que abarca a área entre o Palácio Nacional e a Serra.
Da praça pública em frente ao Palácio Nacional derivam as principais ruas da Vila Velha. Lojas de artesanato e artigos regionais, cafés e bares animam a Vila e acolhem os milhares de turistas que aqui vêm.
As ruas são estreitas e sinuosas e um passeio a pé revela-nos um ambiente algo intimista.
À medida que nos vamos afastando do núcleo mais antigo, percebemos que as vias tal como os edifícios vão mudando. Intensificam-se os muros e jardins de espécies exóticas que protegem generosas habitações.
É assim o “Glorioso Éden” de Lord Byron, um paraíso.
Em cada canto uma fonte, um palácio, ou um jardim de espécies exóticas. Uma fonte inesgotável de beleza.
Na serra e nas suas encostas, uma infinidade inesgotável de beleza: a mata, o Castelo, o Palácio da Pena, Monserrate, Regaleira…tantos sítios para ver e sentir…
Castelo dos Mouros
As muralhas destacam-se no perfil da Serra com traçado irregular por entre penedos graníticos. No interior há uma capela em ruínas e uma antiga cisterna.
No topo, o Castelo mourisco, dominador, implacável sentinela.Em dias de sol, a panorâmica sobre a região circundante é deslumbrante.
Palácio da Pena
Richard Strauss chamou-lhe “o Castelo do Santo Graal e é impossível descrever com palavras o que se sente no local.
O Palácio foi mandado construir no séc. XIX por D. Fernando II – Ferdinand Saxe-Coburg-Gotha -, marido da Rainha D. Maria II. O Palácio , erigido sobre as ruínas do Mosteiro da Ordem de São Jerónimo que já tinha como antecedente o Convento da Pena, reúne uma diversidade de estilos arquitetónicos que o tornam numa peça única.
Segundo se conta, D. Fernando II terá pedido ao arquiteto alemão Baron Von Eschwege, um palácio excêntrico que reunisse singularidades de todas as partes do mundo e um jardim a envolvê-lo. O resultado está à vista….
D. Fernando II, amante das artes e da Natureza ficou merecidamente conhecido como o rei-artista. Ele próprio pintor de aguarelas, foi patrono de artes durante toda a vida.
Atualmente o Palácio é um Museu e preserva o espaço como quando a família real ali vivia.
Em redor do Palácio, o arvoredo estende-se por uma vasta zona designada por Parque da Pena. Ali, entre a vegetação luxuriante de árvores exóticas e arbusto, existem fontes, abrigos, pérgulas e um sem fim de recantos mágicos.
Quinta da Regaleira
Está situada na encosta da serra, perto do centro histórico e é um repositório de referências históricas, religiosas e símbolos ocultos…O expoente do misticismo.
António Carvalho Monteiro, o milionário nascido no Brasil que ficou conhecido como “Monteiro dos Milhões”, comprou a Quinta em 1892 por 25 contos de réis.
Licenciado em Leis e extremamente culto, o novo proprietário da Quinta da Regaleira, ficou conhecido por ser um notável bibliófilo e colecionador, amante da cultura.
O Palácio foi desenhado pelo arquiteto e cenógrafo italiano Luigi Manini, autor do Palácio do Buçaco e de várias obras de cenografia.
Na Regaleira, Manini deu largas à sua imaginação. O conjunto das construções e jardim revelam a predominância dos estilos neo-manuelino e renascentista e resultam numa paisagem paradisíaca.
Atualmente a Quinta é palco de vários eventos culturais. O programa divide-se entre atividades dispersas aos longo de todo o ano- é o caso de exposições e conferências-, e espetáculos musicais, teatro e cinema ao ar livre, que se concentram no Verão.
Para visitar a quinta, conhecer o Palácio e os Jardins com todos os seus enigmáticos, pode optar por vistas livres ou visitas guiadas.
Saiba mais em www.regaleira.pt