Situada junto de Condeixa-a-Nova, Conímbriga nasceu como aglomerado populacional ainda no Neolítico, bem antes de ser romanizada no séc. II a.C. O topónimo “Conímbriga” é aliás de origem celta.
Conímbriga localizava-se no centro da via que fazia a ligação entre Bracara Augusta (Braga) e Olisipo (Lisboa) e era no início do séc. I, uma cidade desenvolvida e cuidada, com bonitas casas, termas e um fórum.
Ao longo do tempo foi sofrendo remodelações uma das quais levou à demolição de parte da cidade para construção de uma nova muralha defensiva.Decorria o séc. II e temia-se o ataque dos povos bárbaros do Norte. Passaram-se no entanto mais três séculos até que no ano de 468, os Suevos conquistaram a cidade. No séc. VII, tendo perdido já a sua importância estratégica, Conímbriga foi abandonada pelos seus últimos habitantes que se mudaram com o seu bispo para Aeminium (Coimbra). O actual nome da cidade estará ligado a este acontecimento e terá origem na derivação de Conimbriga para Colimbria e finalmente Coimbra.
Dos tempos áureos de Conímbriga podemos hoje ver algumas ruínas que testemunham ainda a grandeza e sentido estético daquela época.
Da via romana que ligava Olisipo a Bracara Augusta ainda hoje é visível um troço bom conservado, feito de lajes calcárias. A largura aproxima-se dos quatro metros e há locais onde são ainda visíveis as marcas dos rodados de carroças.
As ruínas das casas dos Esqueletos, da Cruz Suástica, de Cantaber e dos Repuxos, tal como as Termas revelam-nos verdadeiras obras de arte.
Os mosaicos com desenhos maioritariamente geométricos e a sua cromática, deixam qualquer visitante fascinado. E como se isso não bastasse para evidenciar o modo de vida aristocrata de então, vemos ainda os pátios interiores onde em tempos houve jardins e repuxos rodeados por várias colunas.
Cenários de grande harmonia…
O dinamismo comercial da cidade deixou rasto nos estabelecimentos comerciais que ladeiam a rua das termas e que integravam o edifício da Casa dos Esqueletos, sendo no entanto independentes da mesma.
Casa atribuída a Cantaber
É a maior das residências privadas da cidade. Possui 3260m2 e foi atribuída a Cantaber, reconhecido aristocrata do séc. V.
A sua construção é datada de finais do séc I e terá perdurado até ao abandono da cidade, já na Idade Média.
Possui quase 40 compartimentos, distribuídos em cinco conjuntos, cada um com o seu peristilo (conjunto de colunas em redor de um pátio interior).
Termas da casa atribuída a Cantaber.
As termas datam de finais do séc II e terão sido construídas no espaço onde anteriormente existia um jardim. São caso único de banhos privados na cidade. As ruínas que hoje vemos são o resultado de várias remodelações, sendo as últimas de finais do séc. III. Vejam-se as fornalhas, os tanques aquecidos hexagonais e os tanques de água fria nas pontas da sala principal.
A casa dos Repuxos
É o melhor exemplo da arte do mosaico, da pintura moral e da arquitectura dos jogos de água na cidade.
Casa aristocrática do séc. I e posteriormente abandonada e demolida já em finais do séc. III início do séc. IV, aquando do levantamento da muralha. O que vemos hoje é parte da residência, tendo ocorrido uma restauração dos mosaicos e dos repuxos em meados do séc. XX.
Uma nota final. No Museu Monográfico que encontra à entrada do recinto pode saber mais sobre a cidade de Conímbriga e suas actividades quotidianas durante os cinco séculos de romanização.
Localização:
Conímbriga
Condeixa-a-Velha
T. + 351 239 941 177
Coordenadas GPS: 40º 05’55.45”N; 8º 29’24.72”W
Horário:
Museu e Ruínas abertos todos os dias, das 10.00 às 19.00.
Excepção feriados de 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro